PDR 2020 - Operação 8.1.3- Prevenção da Floresta contra Agentes Bióticos e Abióticos
A APFC implementou 6 projectos da medida 8.1.3 - Prevenção da Floresta Contra Agentes Bióticos e Abióticos no âmbito do PDR2020.
Destes projectos, 5 incidem sobre o nemátodo da madeira do pinheiro, o plátipo e a fitoftora nas ZIF da Charneca da Calha Grou, Ribeiras da Lamarosa e Magos, Erra, Divor e Baixo Sorraia, e um sobre a Prevenção de Incêndios Florestais na ZIF da Erra.
Consulte aqui alguns resultados na STORY MAP que preparamos para si.
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Plátipo
O Plátipo – Platypus cylindrus, é um inseto da ordem Coleoptera, família Platipoidea que completa o seu ciclo de vida no tronco do sobreiro:
1)O inseto adulto perfura o tronco da árvore para realizar a sua postura (ovos);
2) As larvas eclodem e fazem galerias na madeira;
3) Quando os insetos atingem o estado adulto, saem pelo mesmo orifício por onde entraram e escolhem novas árvores para as suas posturas.
O Plátipo não se alimenta de madeira, mas transporta fungos no seu corpo que se desenvolvem na madeira e que servem de alimento às larvas de plátipo.
O Plátipo pode levar à morte da árvore uma vez que as galerias feitas pelas larvas e os insetos adultos cortam a circulação de seiva na árvore.
Os danos / sintomas que se observam externamente são:
•Folhas vermelho-acastanhadas, que acabam por cair;
•Pequenos orifícios circulares no tronco (2 mm de diâmetro);
•Serrim alaranjado nos orifícios de saída e que normalmente se acumula na base do tronco;
•Morte da árvore, que pode ocorrer entre 3 a 18 meses após o ataque.
O Plátipo trata-se, no entanto, de um inseto secundário, uma vez que ataca árvores já debilitadas ou sujeitas a algum tipo de stress, sendo que os períodos prolongados de seca e /ou o descortiçamento recente considerados como um fator de risco para os ataques (após o descortiçamento, o sobreiro liberta odores diferentes dos habituais os quais são um atrativo para estes insetos).
Os meios de luta existentes são reduzidos, sendo apenas de considerar a luta cultural: abate dos sobreiros atacados e a sua remoção do povoamento entre Outubro e Abril (antes de emergirem os insetos adultos).
No caso de ter sido identificada a presença do Plátipo, podem ainda ser adotadas medidas preventivas como a instalação de armadilhas para captura de insetos. Estas armadilhas devem estar ativas durante o período de voo dos insetos adultos, que decorre geralmente de Maio a Outubro.
As armadilhas estão desenhadas de forma a simular uma árvore doente, e existem já feromonas específicas que são colocadas dentro das armadilhas e que funcionam como um chamariz. Desta forma é possível reduzir a população e impedir que eles ataquem outras árvores.
Se os sobreiros estiverem vigorosos, têm a capacidade de se defender dos insetos, pelo que o mais provável é que, mesmo que haja posturas em árvores sãs, elas não terão efeitos preocupantes.